Porquê? Why?

Há histórias que têm que ser contadas.
Há exemplos que têm que ser seguidos.
Há personagens que têm que ser desvendadas.
E nós merecemos um jornalismo diferente que nos mostre que ainda vale a pena.



08/08/08

VENDE-SE


Lê-se hoje no DIÁRIO DIGITAL:


"O Estádio Bessa, no Porto, sede do Boavista Futebol Clube, foi penhorado pela Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) e está desde as 00:00 à venda pelo valor mínimo de 28,317 milhões de euros, informa a DGCI no seu site. Os eventuais compradores terão de entregar proposta até às 11:30 do dia 20 de Novembro de 2008. A abertura das propostas será realizada a partir daquela data, no Porto."


O futebol português é uma coisa extraordinária.

O gigante acordou


Estão neste momento a começar os Jogos Olímpicos de Pequim.

A cerimónia de abertura é uma coisa nunca vista. Se dúvidas houvesse, esta é apenas a amostra daquilo que há muito se previa. A China será a grande potência do século XXI. Será? Já o é.

Em termos populacionais, em termos financeiros, em termos culturais, nenhum país parece poder ter capacidades para disputar a liderança mundial com os chineses. Estados Unidos da América e União Europeia juntas talvez tivessem hipóteses. A agir em separado, não.


E a liderança e hegemonia planetária da China não é coisa boa. Nem a dos EUA ou da União Europeia. As hegemonias, tal como as ditaduras ou os consensos, são perigosas. E ofuscam muitas vezes a verdade. Nos Jogos de Pequim, os mais contestados de sempre devido à violação constante dos direitos humanos na China, vamos assistir ao desfilar dos melhores elementos da espécie humana. Eles e elas são o que de melhor existe, em termos físicos, no Mundo. E vão poder deixar a sua marca fora das pistas, piscinas, relvados, ringues ou pavilhões.


Tal como em 1968, nos Jogos Olímpicos do México, poderá fazer-se história no que respeita a liberdades e garantias do ser humano. Há 40 anos, Tommie Smith e John Carlos, dois velocistas dos EUA - ganharam o ouro e o bronze, respectivamente, na prova de 200 metros. Quando subiram ao pódio, ergueram o punho fechado. Simbolizaram o 'Black Power', a luta pela conquista dos direitos cívicos dos pretos, negros, afro-americanos - como preferirem - nos EUA. Politizaram os Jogos e escandalizaram o Mundo com a sua atitude, alertando a comunidade internacional para o racismo no gigante americano.


Quatro décadas depois, quem terá coragem para levantar a voz contra a ocupação do Tibete? Quem irá denunciar os crimes contra os Direitos Humanos praticados pela China? Quem erguerá o punho contra a perseguição à Oposição e aos dissidentes? Quem irá lembrar Tiananmen?


Na luta de há 40 anos, havia quem tivesse um sonho. Hoje os sonhos são outros, uns mais realizáveis que outros. Eu sonho com um (ou uma) campeão olímpico português. Mas não um ou uma qualquer. Sonho com um campeão olímpico português com consciência política, cívica e humana. Um campeão olímpico que vença a sua competição, suba ao pódio, receba a medalha, escute o hino, chore e nos faça chorar e, no final, mostre uma bandeira do Tibete para mostrar que ainda há gente que não se cala.


07/08/08

De manhã é ouro, à tarde é prata e à noite é bronze


Começam amanhã os Jogos Olímpicos de Pequim - e haverá um post especial sobre isso. O que interessa agora é a sondagem para tentarmos antever o sucesso ou insucesso de Portugal. Vicente Moura, líder do Comité Olímpico de Portugal afirmou que esta missão é a mais bem preparada, com os atletas de maior qualidade e apontou 11 grandes esperanças para as medalhas olímpicas. Será que chegamos às 11? Digam de vossa justiça!

Nuclear sim, obrigado

"Sim, vai ter que ser", a energia nuclear será uma realidade em Portugal. Foi essa a resposta da maioria dos participantes na sondagem desta semana aqui no blog. Foram 50% de votos. Em segundo lugar, com 37% ficou a hipótese "Só se a central nuclear for no Parlamento", uma opção tão válida como qualquer outra. O preço das casas em São Bento começou a baixar... No terceiro posto (12%) ficou o famoso "Sei lá, não percebo nada disso" e ninguém optou por dizer que não queria nuclear em Portugal. "Não, é demasiado perigoso", acabou sem votos naquela que foi a menos concorrida sondagem da história de sete meses do blog. Eu sei, o tema era fraquinho, estamos em Agosto e tal...