Compreendo quando D. Manuel Clemente defende um referendo, apesar de o PS querer aprovar a coisa de forma directa na AR.
Compreendo que ele veja esse mecanismo da democracia como "uma possibilidade verdadeiramente admissível".
Compreendo que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo devam ser debatidos, "sem pressas".
Compreendo quando ele diz que o casamento deste género tem "outro significado histórico, é realmente outra coisa".
Até consigo compreender quando o Bispo do Porto fala na "possível geração de filhos e a sua educação" como objectivo do contrato nupcial.
Mas acima de tudo, compreendo D. Manuel Clemente quando ele se refere à necessidade de "uma reflexão mais profunda da sociedade".
Se eu fosse homossexual e, de repente, se abrisse a possibilidade de poder casar livremente com a pessoa que eu quisesse e que me quisesse, também apelaria a uma reflexão.