Porquê? Why?

Há histórias que têm que ser contadas.
Há exemplos que têm que ser seguidos.
Há personagens que têm que ser desvendadas.
E nós merecemos um jornalismo diferente que nos mostre que ainda vale a pena.



30/10/09

Um balão chamado desejo

Ilhas Galápagos, Equador


Se um balão nunca deixasse de subir, onde iria parar?

Retiremos da equação todas as condicionantes físicas. Imaginemos um balão a subir no ar, sem parar. Haverá um fim? Existirá uma altura em que bate no tecto e daí não passa?

O universo é infinito, ele poderá subir sempre. Esta parece ser a resposta mais correcta, mais científica, mais aceitável. E nem precisaríamos de discutir mais o assunto, mas o nosso cérebro pode ir mais longe. Deve ir mais longe, tem que ir mais longe, mais acima.

E mais para trás. Como no caso da vida. Se tudo começou com uma célula e a vida é aquilo que conhecemos hoje - bendito Darwin! - o que existia antes de essa célula se ter formado? Quem ou o quê fabricou essa célula? Pode ter sido um acaso da física, pode ter sido uma entidade divina, pode ter sido uma experiência que correu bem. Pode ser tanta coisa...

É aí que se entra na área mágica do cérebro humano, quando já não se consegue idealizar mais nada para trás. Nem mais para cima, como no caso do balão. Essa ginástica mental, esse exercício de superação dá-me adrenalina. Gosto de chegar a esse zona que não sei caracterizar, em que ando às apalpadelas a tentar agarrar-me a qualquer coisa. De cada vez que lá vou, sinto que fui um pouco mais longe, que bati mais um recorde pessoal.

Não é apenas a resposta final que me motiva. O caminho para lá chegar é que me dá gozo.

4 comentários:

Soph disse...

... repito esse exercício de cada vez que "os" observo em "acção"... sei que o produto "final" não dirá nada (ou pouco dirá) sobre o processo...
...mas é o processo que me fascina e encanta.
É o processo que educa e desenvolve.
Que se reproduz e faz acontecer... girar e mover.

A capacidade de libertação.
A euforia e o extravasar de tudo...

E fiquei "agarrada" a esse balão.
E por incrível que pareça... naquele recreio sobem muitos balões pelo ar... e quando olho para eles... costuma vir-me ao pensamento que eles estão a olhar para mim... e para tudo.

Que partem das mãos "deles" para viajar e percorrer o Mundo.

Imagino o balão pelo ar... a observar e a conhecer.

Nunca pensei que rebentasse... apesar de "consentir" que isso aconteça... depois de uns anos!

Mas o balão sobre e transcende...

:)

Um dia... agarro-me a um!

Soph disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Soph disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo Santos disse...

Cada um com o seu balão.