Maputo está em estado de sítio. A notícia chega através dos mais variados meios de comunicação social, nacionais e estrangeiros. Polícia e manifestantes confrontam-se nas ruas e o aeroporto está sob controlo militar. Tudo se deve ao aumento do preço dos transportes semi-colectivos de passageiros. A medida provocou a ira dos habitantes da capital e dos arredores, uma vez que utilizam de forma sistemática esse meio de transporte. Uma viagem interurbana, que custava o equivalente a 14 cêntimos (cinco meticais) subiu para 21 (sete meticais e meio). E as que tinham o valor de 7,5 meticais passaram para 10 (28 cêntimos). Há escolas encerradas, ruas bloqueadas, confrontos, apedrejamento de carros e já há a lamentar um morto e cerca de uma dezena de feridos. Moçambique é a mais consistente das democracias entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e esta situação de confrontos nas ruas é algo que há algum tempo estava afastado da realidade moçambicana. A esperança é a de que acabe rapidamente e se normalize a vida em Maputo.
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