Porquê? Why?

Há histórias que têm que ser contadas.
Há exemplos que têm que ser seguidos.
Há personagens que têm que ser desvendadas.
E nós merecemos um jornalismo diferente que nos mostre que ainda vale a pena.



30/06/08

Por supuesto!




Melocotón, viejo, cangrejo, cacauetes, caña, tinto de verano são algumas das palavras a que acho piada em espanhol. Perdão, em castelhano. Há coisas que só eles têm. E nós continuamos a não querer aprender. Gosto mesmo desta coisa de ser português. Gosto dos 15 minutos de atraso socialmente instalados, admiro o final da tarde de um dia de semana numa esplanada com vista para uma cerveja, adoro noites quentes de Verão passadas na rua a conversar, os chinelos nos pés e os óculos de sol sempre presentes. Mas o que eu gostava mesmo era que aprendessemos qualquer coisa com Espanha e com os espanhóis. Mas não o falar alto demais, o usar quantidades exageradas de perfume ou as touradas. Gostava que tivéssemos indústrias de cinema e musical com qualidade, reputação que vale milhões a nível internacional, pujança financeira, um salário mínimo digno, uma mentalidade ganhadora, que não tivéssemos vergonha de ser portugueses. Não gostava que fossemos duas partes desiguais de um mesmo país, gosto demasiado de Portugal e de ser português para que isso aconteça. Nem sonho com um país à imagem da Noruega, rico, competente e triste. Quero o melhor de dois mundos para Portugal: a descontração, o desenrascanço, sucesso e bem estar económico. Como isso não parece possível, já me contentava com qualquer coisa de bom que os espanhóis têm e nós não. Pode ser a taça de Campeões da Europa...

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