Numa altura em que ainda não podem ser contabilizados ou sequer previstos os custos inerentes à aplicação do Acordo Ortográfico - como se pode depreender desta notícia - o Jornalismo Positivo passa a adotá-lo. E sem que ninguém tenha que pagar mais por isso.
Não é uma decisão tomada de ânimo leve e poderá levar algum tempo até que todas as palavras e expressões aqui utilizadas tenham a grafia correta do Acordo Ortográfico (aprovado em 1990 e a ser posto em prática já no próximo ano letivo), mas é meu objetivo que assim seja.
E para isso conto com a vossa colaboração, apontando erros e fazendo correções e críticas.
A língua portuguesa é a quinta mais falada do Mundo. Obviamente isso não se deve apenas aos 10,5 milhões de residentes em Portugal. O Brasil é o grande responsável por essa posição no ranking de idiomas, sendo que Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste têm uma fatia de responsabilidade igualmente importante.
A língua não pode morrer, tem que se adaptar para se manter viva.
Não me caem os parentes na lama por perder alguma acentuação ou uns 'p' e uns 'c'.
No tempo de Fernando Pessoa a grafia de farmácia era com 'ph'. E foi ele que escreveu, sobre a Coca Cola, que, primeiro se estranha e depois se entranha.
Espero que o mesmo ocorra com o Acordo Ortográfico.
6 comentários:
Espero que assim seja porque estou um pouco renitente! :-)
Há sempre resistência à mudança. Wait and see, em bom português.
olá ricardo, sabes, fico sem perceber a utilidade estatistica do novo acordo. Os velhos alfabetizados continuarão a escrever á moda antiga, os jovens terão também alguns dificuldade em apanhar as tretas que se tem que tirar nas palavras. O antigo acordo deve valer também, ou não?
O período de adaptação é longo e as várias formas de escrever as palavras serão aceites. A transição não é pacífica, mas alguma mudança radical o é?
Lamentável. O argumento imbecil dos números. O Inglês é a língua mais falada do mundo, e nem por isso os Ingleses baixam as calças aos EUA nem a outro país qualquer. Têm-nas bem calçadas, com o cinto bem apertado e são respeitados por isso. Nós, por outro lado, estamos com uma mão a segurar nas calças, baixadas, e a outra mão estendida. Se isso não bastasse, somos motivo de chacota por esse mundo fora. Somos um povo sem espinha dorsal, graças a gente que está sempre pronta a baixar as calças. Em bom Português, baixe as calças, Ricardo.
Cara Paula,
desde já, obrigado pela visita ao blog.
A sua visão de Portugal e dos portugueses é com certeza partilhada por muita gente. Não é o meu caso, mas não será por isso que a classificarei de imbecil ou lhe direi para baixar as calças ou subir qualquer outra peça de roupa. Os seus argumentos são tão válidos como os meus.
Poderia dizer-lhe que do passado vivem os museus e que por mim pode continuar a escrever uma série de palavras com 'ph' ou em galaico-português. Até mesmo Latim, se preferir. Mas não vou por aí.
Estou no meu direito de aceitar o Acordo, tal como a Paula está no direito de o criticar objetivamente. Assim, sem 'c'.
Cumprimentos
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