Radovan Karadzic foi finalmente capturado. Andou 12 anos em fuga, acusado de genocídio e de crimes de guerra, mas afinal esteve sempre à vista. O ex-líder dos sérvios bósnios viveu de forma descontraída e normal em Belgrado enquanto a comunidade internacional exigia a sua captura. Usava a identidade falsa de Dragan Dabic, trabalhava numa clínica de medicina alternativa na capital da Sérvia, escrevia para uma revista de saúde e foi capturado quando circulava num autocarro.
Karadzic, 63 anos, é acusado de ter planeado o pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, em Srebrenica quando pelo menos oito mil muçulmanos foram assassinados de forma bárbara. Agora, espera-se a extradição de Karadzic para o Tribunal Pena Internacional de Haia, Holanda, onde será julgado pelos seus crimes. Além de ser uma excelente notícia para a Humanidade, este é um passo em frente nas aspirações da Sérvia em tornar-se país membro da União Europeia. O que é lamentável é que se tenha tido de esperar 12 anos para se começar a fazer justiça sobre uma dos conflitos mais sangrentos ocorridos na Europa. Nos anos 90, existiam campos de concentração, execuções sumárias, perseguições religiosas e violações bárbaras a pouco mais de duas de distância de Lisboa. E nada se fez para impedir isso.
Sem comentários:
Enviar um comentário