Porquê? Why?

Há histórias que têm que ser contadas.
Há exemplos que têm que ser seguidos.
Há personagens que têm que ser desvendadas.
E nós merecemos um jornalismo diferente que nos mostre que ainda vale a pena.



24/06/09

Um abraço ao Copérnico

Deserto de Wadi Rum, Jordânia

Afinal, a Terra não está no centro do Universo.

Às vezes parece que somos nós o ponto mais importante da vida. E vai-se a ver e não é bem assim.
Não é fácil chegar a esta conclusão, digo eu. E a História prova-o: não fosse o polaco Copérnico ter, em 1514, abanado as consciências e dizer que afinal a coisa não era bem assim e ainda hoje estaríamos a pensar que iluminávamos o resto do Universo.

Quase 500 anos depois, ainda há quem pense que Copérnico era um grande aldrabão. E há quem continue a defender que somos nós que temos que ficar parados enquanto todo o Universo gira à nossa volta. Mas quem é que ainda pensa isso?, pergunta novamente a voz do occipital.

Todos nós.
Em determinados momentos da nossa vida, pensamos isso. Pensamos que os outros devem girar sorridentes para nós, que dependem da nossa luz, da nossa disposição, do nosso bem estar. E que os outros podem viver de acordo com as nossas mudanças de órbita. Errado.

No meu sistema solar, todos os planetas olham uns para os outros de igual para igual. Sejam maiores ou menores, com mais ou menos luas, mais quentes ou mais frios, mais inóspitos ou mais acolhedores, todos os planetas têm direito a dar luz para os restantes e receber deles alguma coisa. É como a democracia, mas em bom.

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