Porquê? Why?

Há histórias que têm que ser contadas.
Há exemplos que têm que ser seguidos.
Há personagens que têm que ser desvendadas.
E nós merecemos um jornalismo diferente que nos mostre que ainda vale a pena.



08/01/10

Cale-se para sempre

Quarto de hotel em Thorshavn, Ilhas Faroé


Nas últimas Legislativas, foram eleitos os representantes dos portugueses na Assembleia da República.

Dos programas que foram a votos, partidos houve que fizeram referência ao desejo de aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Dos mesmos programas faziam parte outras questões fracturantes nas áreas da Educação, da Economia ou da Segurança Social. Bastava lê-los com atenção para saber o que cada um dos partidos (PS, PSD, CDS-PP, BE e PCP) tinha em mente para esta legislatura.

Hoje, o casamento homossexual está em debate no Parlamento. Como é sempre bom em democracia, há vozes contra e vozes a favor. Entre aqueles que não concordam com a união de papel passado entre pessoas do mesmo sexo, existem os que querem referendar o direito de os homossexuais casarem. Querem ouvir os portugueses sobre este assunto.

Os portugueses já foram ouvidos. Aconteceu nas Legislativas. Deram a maior parte dos votos aos partidos que aprovam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A decisão passa agora pelos nossos representantes na Assembleia da República. Convém que, de vez em quando, eles também façam alguma coisa e não se demitam das suas funções. Na teoria, foi para isso que foram eleitos.

5 comentários:

3Picuinhas disse...

Exactamente! Estava no programa eleitoral que foi eleito! E-lei-to! eu acho que parte da nossa AR anda com problemas de memória alimentada, como diria o meu chefe, "por uma moralidade judaico-cristã" :)

nat disse...

esta foto é muito boa!

Ricardo Santos disse...

Nat: Este hotel era brutal. Todos os quartos tinham uma cena destas escrita, sempre diferente. Eu vou colocar mais alguns com outros posts.

3Picuinhas: Nem mais. Se tinham alguma coisa contra lutassem por isso antes, nas urnas. O problema é que 99% das pessoas (nas quais me incluo) não lêem os programas na íntegra.

Ana Rita Guerra disse...

Concordo com tudo. Se os insultamos quando quebram promessas eleitorais, não vamos chateá-los quando cumprem...

Ricardo Santos disse...

Nem mais, Rita. Gosto muito de te ouvir cantar.