A estreia mundial da ópera Das Märchen, do conceituado compositor português Emmanuel Nunes, foi ontem no Teatro Nacional S. Carlos. E a edição de hoje do jornal PÚBLICO conta-nos que, por altura do intervalo já metade das pessoas presentes tinham abandonado a sala. Mais. O artigo assinado por Pedro Boléo (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1317852) analisa, fria e duramente, não só o acontecimento que deveria ter sido marcante, mas também a conjuntura em que se inseriu esta grandiosa produção. Os caminhos da arte, os patrocinadores, a estética,as contradições e o interesse de Das Märchen são outras das vertentes tratadas de forma superior. Um bom exemplo de jornalismo e de crítica fiel, sem apego a compadrios ou a tendências ditadas pelas modas. Sem assistir ao espectáculo não se pode dizer o que quer que seja da qualidade da obra de Emmanuel Nunes, mas a pouca vontade que existia de ir ao S. Carlos continua a desvanecer-se. E isso já quer dizer muita coisa, apesar de não se poder levar muito a sério o que dizem e escrevem os críticos profissionais. Este artigo pode ser a excepção que confirma a regra.
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