Passam hoje exactamente 19 anos desde o momento em que as autoridades da Alemanha de Leste abriram os checkpoints junto ao Muro de Berlim, permitindo aos cidadãos da antiga Alemanha Democrática passarem para a Alemanha Federal. Foi o princípio do fim do muro da vergonha. Nos dias seguintes iniciou-se a demolição da ignóbil construção que separou uma cidade, um país, um povo, dois sistemas e dois mundos durante 28 anos.
Hoje, o Muro é apenas uma recordação, mais um ponto de interesse na história de Berlim. Mas outras barreiras do mesmo género se levantam noutros pontos do planeta. E estes novos muros não parecem ser tão merecedores de crítica por parte de quem lutou contra a vergonha em Berlim. Na Faixa de Gaza, Israel ergueu a sua protecção; na fronteira entre os EUA e o México, procede-se a uma construção semelhante; em Chipre, influências gregas e turcas estão separadas também por uma parede de cimento.
Passaram 19 anos e os atentados à liberdade individual mudaram de local e de nome, mas os muros continuam erguidos.
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