Um funcionário superior da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) viu ser-lhe levantado um processo disciplinar com intenção de despedimento depois de ter reenviado para colegas seus um e-mail como uma foto de Barack Obama e a inscrição "Não vote em branco".
A notícia citada vem na edição de hoje do jornal PÚBLICO e continua assim:
A imagem, que apareceu pela primeira vez no blogue humorístico brasileiro Gordonerd (www.gordonerd.com), foi considerada ofensiva e xenófoba pela administração da EPUL. Segundo a nota de culpa enviada ao funcionário pela advogada habitualmente contratada pela empresa para levantar processos disciplinares aos trabalhadores da casa, a mensagem de correio electrónico reencaminhada por Eduardo Almeida Faria é "particularmente grave" devido ao seu "conteúdo racista".
Mas há mais: Para a advogada avençada da EPUL, Almeida Faria "não se comportou de forma ética ao difundir por e-mail conteúdos de natureza discriminatória em função da raça e de juízos valorativos reprováveis e merecedores de censura ético--social, cujo conteúdo é gravemente ofensivo dos direitos fundamentais".
Será esta a explicação para o súbito ataque de bons costumes da EPUL?
Almeida Faria faz parte de um grupo de quatro quadros dirigentes da EPUL apeados dos seus lugares no início do ano, por decisão da administração, e cujos salários foram reduzidos. Três deles apresentaram queixa contra a empresa, quer nos tribunais, quer na Autoridade para as Condições de Trabalho, a que juntaram um parecer jurídico encomendado pela empresa há alguns anos a um especialista em direito administrativo, por ele defender a sua posição.
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