Em 1989, na Praça de Tiananmen, as imagens do estudante que enfrentou o carro de combate deixaram marcas profundas. Mostraram a oposição ao regime chinês, a falta de democracia, o atropelo - literal - pelos direitos humanos.
Em 2009, o vídeo de Neda, a mulher iraniana atingida por um tiro no peito no seguimento de uma manifestação em Teerão, é a face visível de uma contestação que não vai ficar por aqui. Ahmadinejad ganhou as eleições, Moussavi contesta o resultado, os clérigos não querem um banho de sangue.
Demasiado tarde, Neda terá morrido enquanto protestava de forma pacífica pelas ruas da capital do Irão. Duas décadas depois de Tiananmen, os atropelos na China continuam. Esperemos que em 2029, outras mulheres iranianas possam exercer livremente os seus direitos.
2 comentários:
deixa-me triste que em tantos anos a liberdade de expressão tenha evoluído tão pouco... custa-me também que o respeito pelos direitos humanos seja cada vez menos uma matéria de interesse tanto pela sociedade civil como pela classe política, e que cada vez mais se dê menos valor à diferença.
Há uma frase que tentamos passar sempre nos campos de trabalho com jovens da amnistia - "Mesmo que não concorde com o que dizes lutarei para que o possas dizer"
Hope...
Esperança...
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