Os 94 milhões de Cristiano Ronaldo, a festa com Paris Hilton ou as explicações do Governador do Banco de Portugal tomaram conta dos acontecimentos. Aquilo que há duas semanas foi espremido até à exaustão, analisado, ponderado, discutido, criticado, esmiuçado e idolatrado em termos informativos não passa agora de uma qualquer notícia numa página interior, já praticamente sem acesso à capa.
É normal, é o tempo do mediatismo. O sangue arrefeceu, está tudo dito, estão todos mortos, não há portugueses - questão essencial para a comunicação social portuguesa em qualquer catástrofe. Como tal, vamos voltar-nos agora para os resultados das eleições no Irão, porque aquilo deve estar mal contado (ganhou o mau da fita) e já há mortos nas ruas. Mas também não se pode perder muito tempo com isso. Afinal, de que valem sete iranianos mortos, ou 70, 700 ou 7000, quando hoje à tarde ou amanhã o Jesus vai ser apresentado na Luz?
5 comentários:
Há coisas nos Humanos que me fazem pensar... se SER HUMANO... é ser humano...
Errar, pelo menos, é humano. Já ser humano, não é para todos os seres humanos.
ou quando há três possíveis casos de Gripe A em Portugal que nunca chegam a ser confirmados...
Mau jornalismo!
A revolta dos profissionais devia surgir, urge uma revolta cultural no nossa pais, no nosso mundo.
Vais fazer alguma coisa em relação a isso?
A revolta cultural está feita dentro de mim. Não podes mudar quem não quer ser mudado.
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