A Ordem dos Farmacêuticos não concorda com a decisão de abrir farmácias de venda ao público nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. E vai pedir a verificação da constitucionalidade desta medida ao Provedor de Justiça. A notícia vem no DIÁRIO DE NOTÍCIAS de hoje e mostra que a Ordem está preocupada porque este decreto-lei só deveria ser decidido pela Assembleia da República e não por iniciativa do ministro da Saúde, Correia de Campos. Em Novembro passado, a mesma Ordem dos Farmacêuticos também já se tinha mostrado incomodada com estas novas farmácias, tendo enviado para a Autoridade da Concorrência um pedido de parecer sobre uma possível violação da livre concorrência. Ou seja, a Ordem dos Farmacêuticos está preocupada com os 69 milhões de euros anuais correspondentes à facturação dos principais hospitais portugueses (Santa Maria, São João, Leiria, Viseu, Faro e Centro Hospitalar de Coimbra). Os farmacêuticos não estão interessados em saber se esta decisão é melhor ou não para os pacientes dos hospitais, aqueles que passam horas à espera de passar na triagem ou de ser vistos pelos médicos. Nem mostram preocupação pelo facto de os doentes, após as atribuladas consultas nos hospitais públicos, terem de correr a cidade à procura de uma farmácia aberta. Isso não. O que interessa é que o negócio se mantenha sempre no seio da corporação.
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