O mais recente filme de Manoel de Oliveira, 'O Enigma', estreou há cinco dias e foi visto por 1400 pessoas. Para terminar mais esta produção, o realizador de 99 anos recebeu um subsídio do Estado português e das empresas Lusomundo e Tóbis no valor de 700 mil euros. Ou seja, até agora, cada um dos espectadores custou 500 euros. Parte desse valor, superior a um salário mínimo nacional, saiu directamente dos bolsos dos contribuintes portugueses. O filme continua em exibição por tempo indeterminado e espera-se que mais pessoas se desloquem a um cinema para tentar compreender o segredo da vida de Cristóvão Colombo: se era alentejano de Cuba ou italiano de Génova. E quantas mais melhor, que é para a ministra da Cultura não se sentir tão mal por continuar a apostar em demasia num valor mais que seguro das artes portuguesas e um dos mais conceituados a nível internacional. Será que Manoel de Oliveira precisa disto? Será que os portugueses precisam disto? É esta a indústria do cinema em Portugal?
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