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Direito à morte ou direito a ter um fim de vida digno? A excelente reportagem que a
SIC transmitiu ontem à noite relança o debate sobre a
eutanásia. Mas também sobre a importância dos cuidados paliativos. Matilde teve um acidente vascular cerebral aos nove anos e ficou em estado vegetativo permanente. E agora? Todos os esforços serão inúteis? Haverá volta para um processo que parece ser apenas de ida? Haverá quem possa decidir o seu futuro? A mãe da criança continua a fazer tudo o que é possível para lhe dar uma vida digna, novos tratamentos, novas terapias. Mas deixa no ar a questão: Se a lei portuguesa permitisse a eutanásia, não saberia que decisão tomar. Só o facto de colocar a hipótese é um acto de coragem sem precedentes. Nunca se saberá o que
Matilde pensa do assunto, se quer ou não continuar a viver assim. Mas não faltam outros casos, milhares, em que os pacientes estão na posse de todas as suas faculdades e querem decidir. Querem optar por morrer bem em vez de viver mal. E não o podem fazer. Ainda.
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