Porquê? Why?

Há histórias que têm que ser contadas.
Há exemplos que têm que ser seguidos.
Há personagens que têm que ser desvendadas.
E nós merecemos um jornalismo diferente que nos mostre que ainda vale a pena.



13/02/08

O amor é lindo


O enigmático e mercantilista Dia dos Namorados é amanhã. É aquele dia do ano em que os homens passeiam pelas ruas, envergonhados, com um ramo de flores numa mão, prendas emrulhadas noutra. Tem que ser, dizem eles, encolhendo os ombros. Mas não tem mesmo que ser assim. Poderiam fazê-lo noutros dias do ano, noutras ocasiões, sem ligar a calendários ou pressões mediáticas. O 14 de Fevereiro é a mais cínica das datas. Mesmo os casais que passaram o ano de costas voltadas, decidem-se a assinar um pacto de não agressão nesse dia que culmina, não raras vezes, com um jantar apelidado de romântico num qualquer restaurante à média luz. Pelo menos, não estamos na Arábia Saudita, onde foi proibida a venda de rosas vermelhas e todos os produtos relativos ao Dia dos Namorados que tenham a mesma cor. A Polícia Religiosa defende que o vermelho e esta celebração encorajam relações fora do casamento, sendo manifestações anti-islâmicas. Enfim... Vão lá jantar fora à média luz num restaurantezinho medíocre, com um ramito de rosas murcho e um cheque-disco da Fnac embrulhado com um lacinho. Pelo menos, não estamos na Arábia Saudita e somos livres de fazer figuras tristes à vontade.

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